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Vagner Abreu
Comentário · há 9 anos
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Vagner Abreu
Comentário · há 9 anos
Respondendo a pergunta: se eu fosse entrar em um corredor da morte, seria em dois casos: quando comprovasse que eu fora alguém que de fato prejudicou uma sociedade de forma violenta, ou quando eu reagisse como uma pessoa "no submundo", ou seja, me tornasse um criminoso pleno.

Se fossem me botar em um corredor da morte de forma injusta, simplesmente faria de tudo para tentar uma fuga. Melhor morrer na tentativa de fuga do que na agonia de esperar uma morte. Afinal, já entraria na punição na mentalidade de quem julgara eu errado perante a lei, mas conseguira provar algo? Se EU julgo que a LEI ERROU COMIGO, vou agir CONTRA A LEI. A Lei está errada, não eu.

Somos na verdade SEMPRE alvos de uma pena de morte, seja do Estado, de criminosos / pessoas de "má índole", seja até de um vizinho com descontrole mental. Como ser contra a pena de morte, sendo que há sempre um risco de morte vindo do alheio?

Em sociedades com questões sociais mais problemáticas, como certas regiões brasileiras ainda dominadas por criminosos ou no México, podemos dizer que "todos os dias, ao pisar na rua, estamos próximos a um corredor da morte". Podemos morrer simplesmente por fazer uma reação avulsa durante um assalto, o ladrão interpretar como reação e atirar para matar. Um policial estressado pode atirar equivocadamente simplesmente porque involuntariamente colocamos a mão no bolso.

A pena de morte pela mão do Estado ainda é mínima e de certa forma conveniente, quando executada de forma justa a impedir pessoas com comprovado desvio social continuem a entrar na sociedade apenas para prejudicar o alheio em prol de sua própria conveniência.

E também a pena de morte estatal é uma forma de impedir a pena de morte vinda de outros. Infelizmente, ainda funciona para as pessoas a "teoria do medo". Só fazendo as pessoas temerem a consequencia de seus atos é que elas vão deixar de praticar o ato.

A não ser que mude as relações sociais de forma a impedir que pessoas possam praticar crimes graves que prejudicam a si mesmo e a sociedade, difícil certos países abdicarem da pena de morte. Enquanto houver a "pena de morte" vinda do alheio, o melhor é deixar funcionando a pena de morte estatal.

Porque por mais que digam que pessoas mudam, não significa que estas vão mudar só porque ficou anos na prisão com conselheiros psicológicos e outros profissionais a serviço de resssocialização. E inclusive, se a ressocialização funcionaria. Vide que hoje no Brasil, ainda se comandam crimes da cadeia.
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Vagner Abreu
Comentário · há 9 anos
O sistema judiciário existe pois há um julgamento dos "cultos" de que pessoas mais instruídas resolvem melhor os problemas do que pessoas sem instrução.

O problema aqui: quando se joga "nas costas alheias" a responsabilidade de equalizar e resolver um problema em um grupo social ou em uma rixa entre pessoas, aguarda-se o que se diz uma "justiça justa", já que quem está de fora pode observar todos os lados.

Como colocado na matéria, falta educar a população para que todos vejam o todos. Ou seja, EU como cidadão devo imaginar o OUTRO em caso de ocorrência de conflito que gere um litígio judicial.

Outro problema: apesar de cidadãos, também somos indivíduos. Temos nossa própria visão de mundo e queremos a priore que não nos incomodem do alheio. Quando o alheio incomoda, gera o conflito, que antes da "institucionalização da resolução de problemas", era resolvido simplesmente brigando verbalmente ou fisicamente um com outro, o que poderia resultar em problemas mais sérios, além do fato de que neste tipo de solução, "vence" quem tem algum poder maior, seja físico (ter força física ou arma em punho), social (conseguir aliados que lhe auxiliem a "encarar" seu adversário) ou de inteligência (achar soluções que de certa forma, faça o adversário perder a razão, e como consequência, evitar novos conflitos).

Em sociedades onde se procura a preservação da vida, se busca mais a resolução verbalmente ou socialmente do que fisicamente.

Em sociedades ou grupos sociais onde a vida alheia não tem valor moral caso ele cometa crimes ou prejudique o alheio (ou um grupo), a solução física é mais usada.
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Vagner Abreu
Comentário · há 9 anos
Há um problema que mostra um dos vários porquês da educação não ser tão prioritária no Brasil, e os jovens não terem a educação almejada por muitos.

Basta notar nas palavras de quem se julga "mais educado" que "pessoas não educadas (na Escola) não tem qualidade e respeito". Isso já demonstra uma coisa que acaba se virando contra justamente as pessoas mais, autoafirmadas, "educadas" - a soberba, a arrogância.

Como dito no comentário de Daniel Araújo, se pergunta o porque do anacrônico sistema estudantil atual não funcionar. Talvez porque justamente "se permite demais" os jovens e eles acabam não pegando gosto pelos estudos escolares, tendo como resultado uma juventude mais leiga.

Soma-se isso a diversas questões sociais:

- A mudança cultural entre os anos 80 a 00, com famílias mais segregadas e tempo menor de convívio familiar. (pais separados; trabalhando para manter a casa, filhos convivendo mais na escola ou com um mantenedor, ou até mesmo vivendo sozinho em casa).
- O aceite de que a inteligência não se mede por Q.I ou notas escolares. mas sim por habilidades pessoais. Ou seja, não se mede a capacidade intelectual por números, mas pelo o que a pessoa faz ou se dedica a fazer.
- O aumento de população, dando relações mais "impessoais" em uma sociedade (você não conhece todo mundo, logo não se tem relações sociais confortáveis com a população, criando com isso disputas entre pessoas por qualquer coisa).
- A valorização mais da pessoa do que só pelo o que ela faz (um diploma ou carteirinha da OAB nunca vai significar que aquela pessoa é a melhor de todas).
- A busca pelo "fácil", pelo trabalho e ganho sem grandes esforços, visto que se busca o dinheiro como fim (vale quem conquista mais dinheiro). Lembremos do caso Telexfree, do crescente número de igrejas e partidos políticos.

Certas coisas ditas por nós nestes textos e comentários são interpretados por pessoas comuns como "ah, lá vai aquela elite tentar enfiar na nossa cabeça para viver como eles". E aí começa a demonstração do porque as pessoas não se incentivarem a estudar, a ganhar conhecimento.

Mais fácil para muitos ser uma pessoa que ganha pouco mais tem seu padrão de vída minimamente confortável, nem que seja em um barraco de madeira. Afinal, ela se esforçou ao menos a construir aquele barraco e manter aquele espaço. Ela não se pergunta o porque de tentarem tirar ela de lá, dela viver sem qualidade de vida "como a elite".... Ela apenas espera "o milagre" de um dia o Governo (ou deus) o tirar daquele lugar e mandar para uma mansão ou casinha tranquila.

Acho que para se entender o porque não se dar tanto valor aos estudos, temos que ir no cerne do problema: a relação social entre pessoas de diversas classes econômicas, pessoas de diversas ações políticas, etc...

Semi analfabeto como político existe por um simples motivo: porque políticos são reflexos da sociedade. Pessoas elegem, forçadamente ou não, pessoas que "se identificam" com ele. E não se revoltam como se devem.

Crescimento intelectual em um povo resulta em novas reações de uma população contra o estado social atual. Pensem um pouco sobre isso.
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Vagner Abreu
Comentário · há 9 anos
Uma pessoa com conhecimentos sobre o corpo humano e habilidades mínimas sabe que não precisa de arma de fogo para matar. Se uma pessoa saber artes marciais ou tem conhecimentos médicos, mata outro apenas com as mãos limpas. Basta ver que alguns assaltos ocorrem não com armas de fogo, mas com simulacros de armas, armas brancas ou algo possível de causar ferimentos.

O ponto é que uma arma de fogo é um "instrumento covarde": dá poder apenas no apertar de um gatilho, distante de seu alvo.

Não sou nem contra nem a favor do desarmamento exatamente. Sou sim a favor de que se pense na segurança das pessoas, mas de forma inteligente. Ou seja, que pense nas origens da falta de segurança (problemas sociais, questões éticas a serem postas em equilíbrio) e no combate em todas as fases da falta de segurança.

Mesmo se o Brasil fosse um país onde o porte de armas fosse liberado, nada indicaria que o mesmo teria um numero menor de crimes. Pode ser que pelo contrário, teríamos mais crimes cometidos ainda, muitas vezes fúteis (um tiro só porque pegou o marido com outra na cama, por exemplo). Ou poderíamos ter problemas piores, como o emponderamento de gangues e cartéis de drogas.

O que noto é que muitas vezes as pessoas que defendem o porte de armas agem de forma arrogante, prepotente, segregando a população em criminosos e não criminosos. Não se coloca nas questões o risco do porte próprio de armas, como disparos acidentais, tiros à outro com ímpeto descontrolado (atira em uma pessoa por efeito de susto ou outro estado emocional), ação agressiva (uso da arma para intimidação), entre outros.

Dizem os defensores do porte que tudo isso deve ser regulado por uma habilitação de porte. Nâo vejo isso como solução, uma vez que tal burrocracia geraria um risco de habilitações de porte de arma serem frutos de suborno/quebra (como ocorre constantemente com habilitações de direção), e mesmo pessoas que se julgam com capacidade de porte, NADA garante que um dia a própria acabar fugindo da própria habilidade e usar inabilmente a arma.
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Vagner Abreu
Comentário · há 9 anos
A maioria dos então "pensadores", seja no campo jurídico, seja no campo social (como ex-presidentes), seja no campo político (como o José Mujica, no Paraguai), hoje tem a seguinte definição: combater o uso não tem mais eficiência. Combater o tráfico é difícil, pois não dá para regular certas atitudes e cria poder para quem vive "deste mercado".

O resultado é situações como a liberação de uso na Holanda, e a regulação de uso no Paraguai. Ambas as situações mostram que "descriminalizar" o usuário e direcionar o mercado de uso de drogas leves (como maconha) nas mãos do Estado ajuda a justamente tirar o poder dos traficantes.

De fato, a fala do policial está correta: para cada uso de um "baseado", o dinheiro vai para a poupança do mesmo e gera renda para a compra de armamentos, para o pagamento de "aliciados" e "corrompidos" em todas as esferas. Só que quem usa droga, pensa "oras, eu só estou consumido, não estou apontando uma arma".

Esquecemos que vivemos em um conjunto social, e que cada atitude individual pode desencadear um evento posterior, culminando em problemas futuros, seja para si mesmo, seja para outro. Um verdadeiro "efeito dominó".

Não vale só para o consumo de drogas ilícitas, mas também para qualquer atividade na qual a população considera "infração" ou "crime leve", mas seus resultados podem desencadear um efeito maior. Vide as pessoas que fogem de uma blitz policial, andam acima do limite de velocidade, sonegam impostos, etc...
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